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Evento no HC apresenta projeto que usa inteligência artificial em análises de apoio ao diagnóstico de exames anatomopatológicos
1º Showcase de Inovação em Saúde Digital do HC será realizado no dia 20
O uso de inteligência artificial (IA) vem se popularizando nas mais diversas áreas. Na saúde, sua utilização como ferramenta diagnóstica já é realidade. Na próxima quarta-feira(20), será realizado o 1º Showcase de Inovação em Saúde Digital do Hospital das Clínicas da UFPE, no Anfiteatro 1, das 10h30 às 12h. Serão apresentados os resultados do projeto Patologia Digital, desenvolvido na Unidade de Análises Clínicas e Anatomia Patológica (Uacap). Com fomento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o projeto é realizado em parceria com a startup Pickcells, empresa de tecnologia que usa IA para suporte ao diagnóstico.
O evento terá abertura com participação do superintendente do HC, Filipe Carrilho; da coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UFPE, Ana Caetano; e da chefe do Setor de Tecnologia da Informação e Saúde Digital do HC (Setisd) e coordenadora do projeto, Shirley Cruz. Em seguida, haverá demonstração dos resultados da pesquisa, com participação da patologista do HC e responsável médica do projeto, Daniela Takano, e dos representantes da Pickcells, Paulo Melo e Eveline Pontual. Este é o primeiro de uma série de encontros bimestrais de saúde digital que ocorrerão ao longo de 2024.
O projeto Patologia Digital desenvolve o uso de IA para auxiliar na análise de amostras para exames anatomopatológicos. “Ao capturar e armazenar as imagens na nuvem, nossa solução permite a análise por meio de ferramentas digitais avançadas. Com nossa plataforma de gestão em nuvem, não só viabilizamos o compartilhamento de casos entre profissionais, mas também unificamos o fluxo do processo, reduzindo erros em um procedimento naturalmente complexo”, explica a coordenadora científica e comercial da Pickcells, Ana Clara Vita.
“Começamos no ano passado a participar conjuntamente com a Pickcells para desenvolver uma ferramenta útil no screening do câncer de colo de útero através da leitura de lâminas de citologia cervicovaginal, que é o Papanicolau. Atualmente, vamos tentar iniciar o uso dela acompanhando todo o nosso fluxo, que ainda é manual, não lido por IA, mas nesse momento, ela vai acompanhar todas as etapas de modo que, num futuro próximo, ela consiga participar de forma ativa nas decisões”, explica a médica Daniela Takano. Ainda de acordo com a médica, a ideia nesse momento “é utilizá-la mais como facilitadora do nosso fluxo, monitorando todas as etapas, para num segundo momento ajudar de forma mais efetiva no diagnóstico”.