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Revisão de literatura aponta falhas e suas causas na governança em TI dos órgãos públicos
Segundo pesquisa, práticas são implantadas de forma parcial e falta participação do conselho de administração dos órgãos
Por Renata Reynaldo
As práticas de governança de Tecnologia da Informação (TI) aplicadas no setor público e privado, em geral, são similares nos seus pilares básicos. No setor público, quase sempre, são implantadas de forma parcial ou apenas documentadas, mas não seguidas. As dificuldades encontradas para essa fraca adesão nos órgãos públicos, segundo estudo desenvolvido por Ioná Leite Mota de Sena, no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da UFPE, podem ser resumidas a recursos limitados, falta de participação do conselho de administração dos órgãos, má gestão da TI e baixa maturidade da organização para governança de TI.
Na dissertação “Governança de TI em órgãos públicos: um mapeamento sistemático da literatura”, produzida a partir da análise de 5.429 artigos científicos sobre o tema, Ioná aponta que mais da metade das práticas citadas nos estudos selecionados estão relacionadas ao uso de comitês estratégicos e diretivos de TI, a definição clara de papéis e responsabilidades, ao uso de planejamento estratégico e planos de TI. Orientado pelo professor Ricardo Massa Ferreira Lima, o trabalho acadêmico buscou identificar e discutir as práticas de governança da TI propostas ou adotadas pelos órgãos públicos apresentadas em estudos primários encontrados na literatura mundial e investigar como as principais práticas encontradas podem ser implementadas.
O levantamento indica que mais de 90% das citações sobre as práticas estão enquadradas nas áreas foco de Alinhamento Estratégico, Entrega de Valor, Gestão de Riscos, Gestão de Recursos e Mensuração de Desempenho, sendo a grande maioria classificada na área do Alinhamento Estratégico. Para a autora, “a concentração de práticas associadas ao Alinhamento Estratégico indica a necessidade que práticas de governança de TI que garantam o engajamento apropriado do corpo diretivo, com clara delegação de responsabilidades das partes envolvidas”.
Segundo Ioná Sena, essa compilação das informações apresenta evidências sobre práticas de governança de TI adotadas pelos órgãos públicos num nível mundial e situa a equipe de pesquisadores em relação ao uso destas práticas. “As evidências são úteis para o entendimento das dificuldades enfrentadas pelos órgãos estudados no que se refere aos desafios e experiências que estão por traz da adoção dessas práticas”, atesta.
Mais informações
Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da UFPE
(81) 2126.8430 ramais 4026|4061|4003
secpos@cin.ufpe.br
Ioná Leite Mota de Sena
ilm@cin.ufpe.br