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Ciências Farmacêuticas promove defesa de tese nesta sexta-feira (15)
A defesa será realizada às 9h30 no prédio das pós-graduações do CCS da UFPE
O Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas (PPGCF) da UFPE promove nesta sexta-feira (15) a defesa da tese “Padronizaçãoda droga vegetal e insumo farmacêutico ativo de Stryphnodendronadstringens (Mart) Coville com açãoantimicrobiana”. O trabalho produzido pela discente Nathalia Alexandra de Oliveira Cartaxo Furtado e orientado pelo professor Rui Oliveira Macêdo será defendido às 9h30 no 2° andar do prédio das pós-graduações do Centro de Ciências da Saúde da UFPE.
A banca examinadora será composta pelo professor e orientador Rui Oliveira Macêdo e pelos professores Luiz Alberto Lira Soares (UFPE); Jozinete Vieira Pereira Marques (UEPB); Cinthya Maria Pereira de Souza (UEPB) e Ionaldo José Lima Basílio Diniz (UFPB).
Resumo
StryphnodendronadstringensCoville ou S. barbatimam, conhecida popularmente como “barbatimão” é uma árvore do cerrado brasileiro pertencente à família Fabaceae, rica em taninos. Na medicina popular é utilizada como antinociceptivo, antisséptico, na cicatrização e higienização de feridas, bem como no tratamento de inflamações vaginais e de infecções em geral. Na literatura, os trabalhos são realizados mais frequentemente com as cascas do caule e pouco se estudam as folhas, sendo essa uma alternativa terapêutica mais sustentável. A droga vegetal foi obtida em diferentes tamanhos de partículas: 50-100 mesh (BF1), 100-200 mesh(BF2), 200-400 mesh (BF3) e<400 mesh (BF4). O extrato hidroalcoólico (50%) das folhas foi submetido à secagem em spray dryer. Essas quatro drogas vegetais e o extrato nebulizado foram submetidos a caracterização por meio de termogravimetria, cinética de degradação pelo método de Ozawa, análise térmica diferencial e pirólise acoplada à cromatografia gasosa (para droga vegetal), aplicando-se análise multivariada PCA (Análise de Componentes Principais) e HCA (Análise Hierárquica por Agrupamentos), microsocpia eletrônica de varredura (MEV), e espectroscopia de infravermelho (para o extrato). Prosseguiu-se com a análise microbiológica por microdiluição determinando-se a Concentração Inibitória Mínima (CIM) de droga vegetal e extrato seco frente aStaphylococcus aureus (ATCC 25923), Escherichia coli (ATCC 25922), Pseudomonasaeruginosa (ATCC 27853), Klebsiellapneumoniae (ATCC 4352), Candidaalbicans (ATCC 18804) Candidatropicalis (ATCC 13803 ) e Candidaparapsilosis (ATCC 22009) e a potência antimicrobiana foi determinada comparando à cefalosporinas e aminoglicosídeos, sendo validado esse método. A quantificação de metabólitos secundários foi realizada através de espectrosacopia determinando-se os teores de Polifenóis totais, Flavonoides totais e Taninos condensados com comprimento de onda 757nm, 415nm e 500 nm, respectivamente. A toxicidade por A. salina e a toxicidade aguda foram determinadas para o extrato. O estudo de compatibilidade fármaco/excipiente foi realizado aplicando análise térmica. Através dos resultados obtidos com as técnicas analíticas, droga vegetal e extrato apresentaram perfis térmicos e cinéticos diferentes, onde a quarta etapa apresentou os maiores valores de perda de massa e a energia de ativação foi maior em BF4. Os dados de cromatografia mostraram diferenças quantitativas na composição química da droga vegetal de S. adstringens, assim como nos diferentes tamanhos de partículas. Isso foi evidenciado pela aplicação das técnicas de análise multivariada, PCA e HCA nos dados obtidos, que variaram de acordo com o tamanho de partícula. S. adstringens na forma de droga e extrato obtiveram concentrações significativas de taninos, flavonóides e polifenois totais, apresentando uma maior concentração no extrato. As amostras obtidas das folhas inibiram o crescimento dos microrganismos testados. A toxicidade do extrato mostrou-se mínima nas técnicas empregadas. A potência do extrato foi de até 98% comparada aos padrões, mostrando assim o extrato como potente. Portanto, as tecnologias analíticas empregadas possibilitaram traçar perfis de S. adstringens, evidenciando diferenças entre as faixas granulométricas e após esse estudo de pré formulação, percebe-se que o extrato de S. adstringensestá apto para ser incorporado em um formulação semi sólida, visto que apresentou segurança e eficácia.
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(81) 2126.7515
ppgcf@ufpe.br