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UFPE tem mais três cursos de graduação avaliados com o conceito máximo de excelência pelo MEC
As coordenações dos cursos de Arqueologia, Música (Instrumento) e Oceanografia, os três do Campus Recife da Universidade, comemoram o resultado da avaliação
O Ministério da Educação (MEC) concedeu o conceito máximo de excelência para mais três cursos de graduação oferecidos pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Passam a contar com o conceito 5 os bacharelados em Arqueologia, Música (Instrumento) e Oceanografia, os três do Campus Recife da Universidade. As coordenações dos cursos comemoram o resultado da avaliação.
A análise do MEC estabelece conceitos que vão de 0 a 5 e avalia indicadores que visam identificar as reais condições de ensino oferecidas aos estudantes, em especial, as que estão dentro do Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação presencial e a distância (EaD) relacionadas à organização didático-pedagógica, ao corpo docente e tutorial e à infraestrutura. Avalia também a adoção de procedimentos de verificação das condições de funcionamento dos cursos, assim como da própria Instituição de Ensino Superior (IES).
Conforme explica o professor Rodrigo de Oliveira Simões, procurador Educacional Institucional (PI) da UFPE, a avaliação feita pela Comissão Avaliadora do MEC analisa cada curso a partir de três dimensões. “A primeira delas – a Organização Didático-Pedagógica – traz os indicadores que estão relacionados à elaboração do Projeto Pedagógico do Curso (PPC), que necessita estar fundamentado nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs), no perfil desejado do egresso, assim como na demanda da atualidade mercadológica, tanto regional como nacional, e na identidade da IES”, afirma Rodrigo.
“Se as informações repassadas pela IES, através destes indicadores, refletirem a correta adoção de Políticas Institucionais de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação, previamente incluídas no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da instituição, voltadas à adoção de práticas comprovadamente exitosas e/ou inovadoras, teremos a garantia do oferecimento do processo de ensino-aprendizagem aos estudantes, que ecoa notável qualidade da educação superior e eleva a IES a um patamar de excelência”, explica Rodrigo Simões. “Assim como para as outras dimensões – Corpo Docente e Tutorial e de Infraestrutura –, que também devem refletir, dentro de seus indicadores, esse nível de excelência no ensino que é oferecido aos estudantes”, completa.
Arqueologia
“É uma alegria para todo o corpo docente do curso obter uma nota máxima do MEC, pois isso mostra um reconhecimento do trabalho que estamos realizando na formação dos arqueólogos graduados pela UFPE”, avalia o professor Luiz Carlos Medeiros da Rocha, coordenador do curso de Arqueologia da Universidade. A estrutura do curso é formada por salas de aula, de informática e coordenação, entre outras, além de cerca de 14 laboratórios; 14 docentes efetivos e oito servidores técnico-administrativos. Tem como diferencial o fato de possuir um sítio arqueológico próprio, no Campus Recife da UFPE, que é utilizado nas aulas práticas de campo.
O curso é vinculado ao Departamento de Arqueologia e Museologia (DAM) da UFPE, localizado no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), no Campus Recife. Os profissionais formados pelo curso podem trabalhar nas áreas de arqueologia, conservação do patrimônio, restauro e arqueometria; bem como na elaboração, execução, supervisão e gerenciamento de projetos de salvamento arqueológico prévio à realização de obras públicas ou privadas, de resgate, preservação e conservação de monumentos, artefatos e outras expressões da cultura material e patrimonial. São oferecidas, anualmente, 30 vagas no processo seletivo do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), com entrada no primeiro semestre do ano.
“Com essa avaliação, estamos focados em, cada vez mais, buscar melhorias para o curso e entender as necessidades dos estudantes e de nossos egressos, pensando agora em manter o conceito máximo. O trabalho continua e vamos avançar para melhorar ainda mais o nosso curso”, diz Luiz Rocha.
Música (Instrumento) – bacharelado
“A nota 5 na avaliação do MEC traz o reconhecimento da qualidade do trabalho desenvolvido pelos professores, técnicos e gestores do Departamento de Música. Representa uma valorização de nossos cursos”, afirma o professor Luiz Kleber Lyra de Queiroz, vice-coordenador dos cursos de bacharelado em Música/Instrumento e em Canto da UFPE. “Apesar das muitas dificuldades encontradas em nossas condições de ensino, conseguimos, de forma geral, manter um ótimo nível pedagógico. Isso se reflete na qualidade da formação de nossos alunos”, completa Luiz. Ele espera que o conceito de excelência atraia uma quantidade maior de estudantes e traga investimentos para melhorar a estrutura física do curso. “Somos uma das maiores universidades do país e, se queremos continuar crescendo, precisamos investir na Cultura, em especial na Música, de forma decisiva”, avalia Luiz Kleber.
Localizado no Centro de Artes e Comunicação (CAC), no Campus Recife, o Departamento de Música oferece três cursos – os bacharelados em Música (em Instrumento e em Canto) e a licenciatura em Música – e possui uma equipe formada por 38 professores (entre efetivos e substitutos) e oito técnicos (incluindo três músicos e um afinador). São 14 salas de aula climatizadas localizadas no CAC, além de um espaço no Complexo de Convenções, Eventos e Entretenimento (CCEE) da UFPE. As apresentações musicais e eventos do departamento ocorrem no próprio CAC, na Concha Acústica Paulo Freire e na Sala Bandeira & Aguiar, localizada no Memorial da Medicina e Cultura (MMC) da UFPE, no bairro do Derby.
Sobre o curso de bacharelado em Música/Instrumento, ele tem como proposta formar músicos instrumentistas para atuarem em atividades junto a grandes e pequenos grupos instrumentais, como orquestras e bandas ou em recitais (acompanhados ou não). O profissional pode ainda atuar nos campos da formação instrumental e da pesquisa; como autor de textos de apoio para programas de concerto, resenhas, artigos e roteiros para espetáculos; concebendo e escrevendo projetos culturais para a organização de espetáculos, turnês e curadorias; e em estúdios de gravação (rádio, televisão e internet), dirigindo projetos, compondo e elaborando ou corrigindo harmonizações e orquestrações; entre outras atividades. São oferecidas 18 vagas no processo seletivo, que utiliza a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) mais um Teste de Habilidades Específicas (THE), com entrada no primeiro semestre. Os instrumentos para os quais o curso oferece vagas são os seguintes: violino, viola, violoncelo, contrabaixo, flauta doce, flauta transversa, oboé, fagote, trompete, trompa, trombone, saxofone, violão, cravo, piano e percussão.
Oceanografia
Para o coordenador do curso de Oceanografia da UFPE, o professor Gilvan Yogui, o conceito 5 dá mais visibilidade para a graduação, contribuindo para atrair os melhores candidatos no processo seletivo do Sisu. “Professores e estudantes também podem se orgulhar de falar para os colegas que fazem parte de um dos melhores cursos de Oceanografia do Brasil”, avalia Gilvan. No Brasil, apenas os cursos de Oceanografia da UFPE e da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) possuem o conceito máximo de excelência na avaliação do MEC.
O curso tem como objetivo formar profissionais com capacidade de integrar informações físicas, químicas, geológicas e biológicas sobre o oceano e ambientes costeiros de transição, como estuários e lagunas. O mercado de trabalho abrange a área acadêmica, os setores público e privado e organizações não governamentais, a exemplo da Petrobras; além de empresas de cultivo de pescado e de consultoria ambiental ou que trabalham com conservação ambiental (projetos Tamar, Peixe-Boi e Golfinho Rotador, entre outros).
A estrutura do curso é composta por um bloco de ensino localizado no Departamento de Oceanografia da UFPE, que fica no Centro de Tecnologia e Geociências (CTG), no Campus Recife. O departamento conta com salas de aula teórica e laboratórios de ensino prático; além de infraestrutura compartilhada no Núcleo Integrado de Atividades de Ensino (Niate CTG/CCEN). Possui ainda o navio-escola Ciências do Mar IV, que fica atracado no Porto do Recife e serve como laboratório de ensino flutuante para as aulas práticas em alto-mar. O curso oferece 25 vagas por ano por meio do Sisu, com entrada no primeiro semestre letivo. Conta com cerca de 50 professores e 15 técnicos, sendo a maioria deles lotada no Departamento de Oceanografia.
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