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Por meio da fala de lideranças históricas, o vídeo rememora a origem da entidade, os desafios enfrentados sob a ditadura militar, as greves canavieiras e a organização das mulheres trabalhadoras rurais. É resultado do Projeto de Extensão desenvolvido de 2011 a 2012 no âmbito da UFPE. Foi realizado em parceria com a própria FETAPE, materializando os objetivos do NUDOC de estreitar os vínculos entre Universidade e Movimentos Sociais e contribuir com o registro da memória e história dos movimentos sociais de Pernambuco.
Segue uma pequena transcrição da fala de uma liderança da FETAPE sobre a greve dos canavieiros e canavieiras pernambucanas em 2005. O trecho foi escolhido por destacar a ação das milícias dos usineiros, em particular uma das famílias atualmente denunciadas pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) pela violência praticada contra posseiros na Mata Sul.
“Conforme relatos das pessoas mais experientes do movimento sindical a greve de 2005 se tornou a maior greve da história de luta dos canavieiros de Pernambuco, [...] foi dada como maior porque foi paralisado no estado de Pernambuco quase que 100% das empresas de cana de açúcar [...]. E um dos fatos que nós entendemos que foi determinante naquela greve foi a movimentação do patronato querer fazer uma mudança na tabela de produções dos trabalhadores. [...] Então quem cortava 3 mil quilos o patronato queria elevar para 4 mil quilos para poder fazer jus ao salário. Então isso revoltou toda a categoria, os trabalhadores entenderam que o momento era difícil se ter uma conciliação. [...]
Nós tivemos também algumas dificuldades, os grupos ligados as empresas eram muito forte, então a gente tinha a questão da intervenção das milícias privadas das empresas. A exemplo do grupo Petribú, por exemplo usou muito forte a sua milícia privada pra tentar forçar com que os trabalhadores fossem trabalhar naquele momento e quando não encontrava a adesão dos trabalhadores eles tentavam trazer trabalhadores de outra região, muitos deles até sem registro em carteira, clandestino. Tentavam furar os bloqueios, escoltados com guarnições armada, por sinal. Eu, particularmente, lá em São Lourenço cheguei até a ser perseguido pelo rastreamento aéreo da usina Petribú, eles colocavam até um avião [...] que faz aplicação dos [...] dos herbicidas, pesticidas em geral. Eles utilizaram esse avião para fazer todas uma cobertura da área da usina e ver onde estava o foco de mobilização dos trabalhadores.
Eu, naquele momento, fiquei muito preocupado e tive muito medo, reconheço. Chegou um momento em que eu ao voltar para o sindicato de São Lourenço cheguei lá e olhei assim ao lado e na minha sala tinha uma foto do meu pai e eu até comentei com ele na foto: “Mas pai que herança foi essa que o senhor me deixou?”. [...]
Não é fácil você passar 10 dias em mobilização permanente, com toda essa pressão, sem apoio dos governos, [...] apoio apenas da sociedade, ou parte da sociedade, do movimento sindical e dos movimentos sociais, mas a gente, conseguiu com toda essa dificuldade, chegar até lá."
Conheça o podcast Pernambuco em Movimento, o mais novo lançamento do Núcleo de Documentação sobre os Movimentos Sociais Dênis Bernardes (NUDOC/UFPE)!
O objetivo é difundir as leituras da realidade e as perspectivas de integrantes de movimentos sociais, estudantis e sindicais ou de pesquisadores.
O primeiro entrevistado do podcast Pernambuco em Movimento é Messias Martins, criador da página @literanegra
Em 2016, uma onda de ocupações estudantis envolveu as instituições de ensino brasileiras em resposta à chamada PEC da Morte (aprovada como Emenda Constitucional 95/2016), a Reforma do Ensino Médio e outras medidas do governo Temer.
Conversamos com Messias Martins sobre a sua participação na ocupação da UFPE, em 2016, quando era estudante de História da instituição; a perseguição política; o legado das lutas estudantis; e os desafios da juventude preta, periférica e trabalhadora durante o cenário da pandemia da Covid-19.
O segundo episódio do Podcast “Pernambuco em Movimento” está no ar!
As graduandas da UFPE Marcela Dourado (Jornalismo) e Mariana Xavier (História) abordam sobre os movimentos sindicais e o problema do desemprego, principalmente em Pernambuco, construindo uma ponte entre as lutas passadas com as atuais, como a Greve da FIAT (1981), o fechamento da FORD no Brasil e da Kibon em Pernambuco.
O documentário Bora Ocupar registra o movimento de ocupações de escolas que, em 2016, se levantou contra a Proposta de Emenda Constitucional do Teto dos Gastos (PEC 55), a Reforma do Ensino Médio e o projeto Escola Sem Partido. No país, foram mais de mil ocupações que serviram de ponta de lança contra os ataques de Michel Temer à Educação e aos trabalhadores em geral. Em Recife, o movimento se iniciou em 07 de novembro de 2016, com a Ocupação da escola estadual Cândido Duarte e prosseguiu até 09 de janeiro de 2017, quando se encerrou a ocupação da escola municipal Nilo Pereira, de nível fundamental. As entrevistas são majoritariamente dos próprios ex-ocupantes que relatam sua vivência e refletem sobre a conjuntura política do país, o combate ao autoritarismo e ao corte no orçamento da Educação, com suas consequências privatistas. Promovem a reflexão sobre o papel da educação e da participação dos estudantes no cotidiano escolar. Apontam as relações de negociação e repressão estabelecidas com o poder público. Nas falas, erguem a defesa da democracia direta e da liberdade de ensino, crítica e pensamento. Mostram também, a aspiração a uma escola (e sociedade) sem discriminações, preconceitos e opressões. A solidariedade em torno do movimento é retratada por meio de entrevistas com apoiadores e familiares. O filme é fruto de um projeto de extensão vinculado ao departamento de Serviço Social da UFPE. Envolveu a participação de estudantes de diversos cursos: Serviço Social, História, Psicologia, Ciências Sociais, Letras, Artes Visuais, Cinema e Rádio, Tv E Internet. A iniciativa foi apoiada pelo Marco Zero Conteúdo, Núcleo de Documentação dos Movimentos Sociais (NUDOC) e Laboratório de Imagem e Som (LIS). A trilha sonora conta com músicas de Siba, Bnegão, OQuadro, Freveribe, Kiko Dinucci, Beto Villares e Fernando Assunção.
O documentário "HISTÓRIA DE LUTAS E CONQUISTAS DO SINDBEB" é resultado do Projeto de Extensão iniciado em 2010 e finalizado em 2012 com a intenção de trazer as principais lutas desenvolvidas pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Bebidas de Pernambuco - SINDBEB, entidade obreira que vem pautando uma nova política de ação na base do sindicato, ouvindo o trabalhador(a), defendendo as conquistas dos Acordos e Convenções Coletivas do Trabalho firmados com muita luta e resistência da categoria.
O filme resgata a memória com entrevistas de dirigentes e ex-dirigentes. Como projeto de extensão, o documentário realizado demonstra a proximidade da Universidade Federal de Pernambuco com a sociedade através das relações institucionais entre o Núcleio de Documentação dos Movimentos Sociais - NUDOC e o SINDBEB.
O NUDOC lança o primeiro catálogo de seu acervo. A publicação apresenta o Fundo POLOP - Política Operária. Além do inventário de todos os documentos, integralmente digitalizados e disponíveis ao público, há uma apresentação que traz um breve histórico da organização e outras fontes documentais disponíveis.
A existência da POLOP se deu, sob diferentes denominações, de 1961 a 1986. Sua história nos ajuda a entender mais os debates sobre a formação social brasileira, a batalha pela conquista da independência de classe por parte do proletariado, as vias de combate à ditadura de 1964-1985, a relação entre tática e estratégica, os desafios postos na conjuntura da reabertura democrática e constituinte, a crítica ao reformismo e muitos outros temas.
Acesse o Debate gravado através do link disponível aqui:
Acervo:
No dia 22 de novembro, quarta-feira, às 14h, foi realizado o debate "Resistência palestina: raízes e caminhos da luta anticolonial". A atividade extensionista é fruto de uma parceria do Núcleo de Documentação sobre os Movimentos Sociais Dênis Bernardes (NUDOC) com a Aliança Palestina-Recife, organização criada em 2014 por palestinos, descendentes e apoiadores.
Angélica Reis, André Frej e outros integrantes da Aliança Palestina farão uma exposição inicial com o objetivo de apresentar as raízes históricas do colonialismo sionista e os interesses geopolíticos em torno da região; apresentar como é a vida na Faixa de Gaza ocupada e sitiada; e discutir os caminhos da luta contra o genocídio e pela autodeterminação do povo palestino. Na sequência o público poderá trazer suas dúvidas, contribuições e dialogar com os convidados.
A atividade foi planejada como parte do Ciclo de debates do Nudoc para coincidir com a celebração do Dia internacional de solidariedade ao povo palestino. Porém, os acontecimentos após 07 de outubro, com a ação do Hamas e a ofensiva de Israel tornaram o debate ainda mais urgente e necessário. O número de palestinos mortos em menos de 40 dias já ultrapassa a cifra de 11 mil, dos quais mais de 4 mil são crianças e adolescentes.
Acesse o Debate gravado através do link disponível aqui:
"O legado de Lênin 100 anos depois de sua morte" promovido pela Boitempo, com a participação de Jones Manoel, Ivan Moraes e Soraia de Carvalho, realizado no dia 26 de abril, no auditório da livraria da Jaqueira, no Recife antigo. Em sua exposição, Soraia destacou como o legado de Lênin permanece atual quanto ao seu programa, estratégia e teoria do partido. Partiu dos exemplos da greve da educação federal contra as medidas econômicas do governo Lula em favor do capital financeiro; da luta do povo palestino contra o genocídio e por sua autodeterminação; e os mais de dois anos da guerra na Ucrânia.
100 ANOS SEM LÊNIN | Confira o vídeo do debate promovido pela Boitempo sobre "O legado de Lênin, 100 anos depois de sua morte" disponivel no canal do Youtube do Nudoc https://www.youtube.com/watch?v=bCJj6oXBuQA&t=9s&ab_channel=Nudoc-ufpe
Palestra - A juventude e o movimento estudantil na luta de classes: aspectos teóricos e históricos. 29/06/2023, Expositora: Soraia de Carvalho (UFPE -NUDOC), Mesa realizada no Seminário "Memória e História do Movimento Estudantil de Serviço Social em Pernambuco na crise da Ditadura" por MEHSSPE - Memória e História do Serviço Social em Pernambuco.
Disponivel: https://www.youtube.com/watch?v=vNdfdTyzm90&list=PLgUJp7OnKwU3FuPn-YRgxZgR6qPqcFUHI&ab_channel=MEHSSPE
Contribuindo para entender mais da luta e resistência dos povos atingidos pela barragem de Itaparica/PE, separamos uma playlist no YouTube, em nosso canal que conta um pedaço da histórica contada por quem teve suas vidas destruídas, os posseiros, pequenos agricultores e povos indígenas.
Acesse: https://youtube.com/playlist?list=PLgUJp7OnKwU3DWsfrw5HAJed3NGSkm2Dw&si=adSaqs77kq_qO0hx